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O Domínio da Natureza 2.0: A dialética hegeliana da natureza como problema e chance no Antropoceno

Resumo

Este ensaio procura discutir o problema do conceito de natureza de Hegel, o papel que desempenha na sua filosofia e a sua possível relevância para os desafios contemporâneos na abordagem da natureza. Partindo da famosa afirmação de Hegel segundo a qual a Ideia se liberta livremente de si mesma como Natureza, avaliarei criticamente o conceito antropocêntrico-hierárquico de natureza na sua Enciclopédia da Filosofia da Natureza, que é algo inconsistente e, em algumas partes, fica aquém da conceção dialética de natureza na Ciência da Lógica. Com base nesta última, proponho uma interpretação radicalmente não-ontológica segundo a qual Hegel desenvolve uma descrição sistêmico-funcional da natureza que pode até mesmo ser vista como uma antecipação da concepção de Donna Haraway da “natureza” como uma construção social. Com base nisto, esboçarei a ideia de “Domínio da Natureza 2.0” que não se baseia primariamente na supressão e na exploração, mas no envolvimento da primeira e da segunda natureza com livre arbítrio e respeito, tal como se diria, por exemplo, que um músico “domina” o seu instrumento.

Palavras-chave

Antropoceno, Domínio da Natureza e Liberdade, Donna Haraway, Filosofia da Natureza, Hegel, Primeira e Segunda Natureza

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