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Sobre a crise do autoconhecimento humano: Hegel e Menke sobre Bildung e libertação

Resumo

Este texto tenta investigar a relação entre Bildung e libertação. De acordo com certo hegelianismo, a Bildung é caracterizada principalmente como a aquisição de uma segunda natureza ou hábito. Isso significa que o sujeito da Bildung precisa passar por uma transformação metafísica com o objetivo de se tornar um ser racional. Como segunda natureza, supõe-se que nossas capacidades racionais sejam livres e não livres ao mesmo tempo. Quero argumentar que não é isso que Hegel tem em mente quando pensa na relação entre Bildung e liberdade. Em vez disso, essa leitura é o resultado de uma confusão sobre o papel do hábito no espírito subjetivo e no espírito objetivo. Em contraste, quero argumentar que, se esse hegelianismo estiver correto, não poderíamos compreender a própria possibilidade de nossa liberdade. Em vez disso, Hegel quer nos mostrar que a própria ideia de uma transformação metafísica assenta no pressuposto de que o sujeito que aprende faz algo diferente do sujeito que ensina. No entanto, se quisermos dar sentido à ideia de Bildung, temos de a conceber como um processo em que o sujeito que aprende e o sujeito que ensina realizam a mesma atividade em diferentes níveis de perfeição. Só assim poderemos compreender a unidade do ato que é a Bildung.

Palavras-chave

Bildung, Espírito Objetivo, Espírito Subjetivo, Liberdade, Libertação, Segunda Natureza

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