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História sem Fim: O que Hegel Poderia Ter Aprendido com um Xamã Yanomami

Resumo

Como Hegel sabia o que ameríndios pensavam? É provável que ele não tivesse a menor ideia. Neste artigo, argumento que o tratamento dado por Hegel aos povos ameríndios está enraizado em uma perspectiva excludente da Razão, que estabelece uma forma particular de vida como seu padrão definidor. Essa postura resulta em uma forma de injustiça epistêmica, desconsiderando as possíveis contribuições dos recursos e visões de mundo ameríndios para o léxico estabelecido ao longo da modernidade. Para apresentar um ponto de vista alternativo, imagino um diálogo hipotético entre Hegel e o xamã Yanomami Davi Kopenawa. Contudo, em vez de “encaixar” os conceitos ameríndios no vocabulário filosófico da modernidade, confronto a filosofia hegeliana por meio das lentes dos encontros e do reconhecimento epistêmico daqueles a quem isso foi negado. Ao questionar noções de progresso e razão universal, sugiro que a filosofia da história de Hegel poderia ter tomado um caminho diferente se não estivesse enredada em uma estrutura epistêmica autocentrada.

Palavras-chave

Injustiça epistêmica, Anticolonialismo, Racionalidade, História, Progresso

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