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Discurso e Realidade: um Diálogo entre Hegel e Nagarjuna sobre Atos Perceptivos

Resumo

O tema de investigação deste artigo é o diálogo entre Hegel (1770-1831) e Nagarjuna (c. 150 – c. 250 EC) e se concentra no segundo capítulo da Fenomenologia do Espírito (1807) de Hegel — A percepção ou a coisa e o engano  —, e o terceiro capítulo dos Versos fundamentais do caminho do meio  de Nagarjuna — exame das esferas ou bases sensoriais (ayatana-pariksa). Para tanto, investigaremos o Abhidhamma em busca da relação entre as realidades últimas e irredutíveis (dhammas) e as bases sensoriais. Este estudo é necessário para entender o contexto da crítica nagarjuniana à interpretação do Abhidhamma sobre as bases sensoriais e os dhammas. Após estes dois primeiros passos, passamos ao estudo da interpretação hegeliana de nossos atos perceptivos, constatando convergências e divergências com a interpretação das bases sensoriais por parte de Nagarjuna. Por fim, no quarto e último passo, estaremos em condições de identificar as formulações oferecidas por Nagarjuna e Hegel sobre cooriginação dependente, características distintivas dos entes e palavra (pratitya-samutpada, nimitta e vac, Nagarjuna) e relação, propriedade e linguagem/palavras (Verhalten/Verhältnis, Eigenschaft e Sprache/Worte, Hegel), bem como sobre a capacidade do discurso de dizer o que é o real: o propósito do diálogo aqui construído.

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