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A dialética do racional e do efetivo: uma ontologia hegeliana para mudar o mundo

Resumo

As diferentes interpretações da controversa fórmula de Hegel do Prefácio dos Princípios da Filosofia do Direito, declarando que "Was vernünftig ist, das ist wirklich; und was wirklich ist, das ist vernünftig", correspondem às diferentes leituras da orientação global da noção hegeliana de espírito objetivo em geral e da sua filosofia política em particular. Isto pode ser ilustrado por vários exemplos, como o caso de Rudolf Haym (1857), que considerou a fórmula como a expressão mesma do conservadorismo político de Hegel, e a interpretação recentemente publicada por J.-F. Kervégan (2021), segundo a qual devemos ler a fórmula de Hegel como um juízo epistemológico e toda a sua filosofia política como epistemologia. Após uma discussão crítica destes dois exemplos, proponho distinguir entre um paradigma formal e um paradigma especulativo de interpretações, e apresento, no âmbito deste último, uma análise das relações dialéticas entre as noções hegelianas de efetividade (Wirklichkeit) e de racionalidade (Vernüftigkeit), de modo que a fórmula do Prefácio não só mantenha o papel da filosofia na transformação do mundo, mas também indique novas potencialidades no que diz respeito à realização (Verwirklichung) do pensamento político revolucionário.

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